BOLHA PUIG PARA KAWASAKI Z750
PRIMEIRA AVALIAÇÃO
Nota: as velocidades citadas no artigo não correspondem as velocidades
reais. São apenas proporcionais, para não induzir os leitores a ultrapassarem
às velocidades máximas permitidas nas rodovias federais, estaduais e muncipais.
Minha bolha
chegou no começo da semana, dia 19/11. Comprei no Brasil e paguei 700 reais, e
mais frete de 40 reais via PAC. Pensei em comprar via Ebay, na Itália e estava
160 dolares mais o frete de 52 dólares. Fazendo as contas, parece vantajoso
comprar no exterior. Um colega comprou uma bolha na Itália, uma semana antes de
mim. O dela ainda não chegou em casa. Está no Brasil, mas retido na alfândega,
no Porto de Paranaguá com previsão de liberação entre 15 a 4 dias! O meu chegou em 9
dias.
Bom, ele pode
ter ainda que pagar 60% de taxa de importação sobre o valor da mercadoria e do
frete, dependendo do humor do agente alfandegário. Mesmo assim, ficaria 212
dolares, mais taxa de importação cheia (com frete) ficaria em 339,20 dolares
algo em torno de 780 reais. Se não tiver a taxação vai sair por uns 487,60
reis. Vantajoso? Sim e não, como já escrevi anteriormente, eu já estou com
minha bolha, e vou pagar em 10 vezes sem juros no cartão. O dele, pagou tudo a
vista. A taxa, se houver, vai ser a vista também.
Bolha PUIG e alforge magnético pequeno
Negócios a
parte, vamos a primeira avaliação da bolha Puig para Kawasaki Z750.
INSTALAÇÃO:
muito simples. Eu mesmo instalei em 10 minutos. Removi dois parafusos do
guidão, e coloquei os novos com encostos e a placa de suporte da bolha.
Detalhe do suporte da bolha e alforge magnético pequeno
NA ESTRADA:
peguei a rodovia (parte BR e parte MA) duas vezes. No sábado fui só, e no domingo
fui com dois amigos, um numa Fireblade e outro numa Z800. O trajeto até uma
cidade próxima é de aproximadamente 95 km . Sem a bolha, minha velocidade de
cruzeiro ficava em torno dos 70
a 80
km/h , podendo chegar a 115 km/h excepcionalmente,
pelas próprias características da minha moto: uma naked e não uma
superesportiva. Ou seja, em alta velocidade, sentia dores nos braços e pescoço
e isso tirava a sensação de segurança e me fazia andar em velocidades mais
baixas. Mas com a bolha, senti mais segurança e andei em velocidade mais alta
sem sentir desconforto do vento empurrando meu corpo e minha cabeça para trás.
Ou seja, mesmo em alta velocidade não senti dores ou cansaço.
PROTEÇÃO:
realmente há uma redução acentuada no impacto do vento em velocidade acima de 60 km/h . Segundo o ensaio
por computador do fabricante, a 150 km/h num piloto de 1,80 m (eu tenho 1,72 m e 68 kg ) a bolha tira cerca de 6,9 kg do corpo e 1,9 kg do capacete. A
redução ocorre no corpo e no capacete, mas na posição normal (sem se inclinar),
houve um aumento na turbulência no capacete com aqueles ruídos de pancadas no
visor, sem balanço. Utilizei protetores auriculares e melhorou muito o
conforto, pois atenuou o ruído de pancadas em alta velocidade. Eu ficava com
dor nos braços se mantivesse velocidade acima de 100 km por longo período,
fazendo com que ficasse na faixa dos 70 a 80 km/h enquanto meus
amigos iam a 100 a
105 km/h .
Com a bolha, nos dois dias que viajei em velocidade de 100 a 105 km/h não senti dor nos
braços e no pescoço. Em um trecho longo mantive 115 km/h por uns 5 km sem sentir desconforto,
durante pouco mais de 1 minuto.
VELOCIDADE:
não senti que houve aumento de velocidade, pois mantive a mesma média de
velocidade. Nem posso dizer se atingi as velocidades em menos a tempo, pois não
tenho como cronometrar. Atingi velocidade máxima de 118,5 km/h , mas isso
fazia sem a bolha. O que fiz foi andar em velocidade mais alta que fazia
normalmente por causa da proteção proporcionada pela bolha.
FRENAGEM: este
quesito ficou comprometido. É sensível a perda de freio aerodinâmico com o
corpo. Senti que usei mais os freios que o normal, pois me acostumei a
aproximar dos carros e curvas numa certa velocidade e usar o corpo como freio
aerodinâmico conseguindo uma boa redução na velocidade ao me erguer na moto.
Este efeito ficou reduzido e senti que tive que usar mais os freios das motos
do que nos passeios anteriores. Acho que isso é normal e os freios da moto
foram projetadas para suportar esta pequena sobrecarga de trabalho. Deve
encurtar um pouco a vida das pastilhas e dos pneus, mas nada preocupante.
CONSUMO: a
primeira medição foi 17,7 km/l, mas atribuo isso ao trânsito na rodovia e não a
bolha, pois tive que andar em velocidade abaixo dos 80 km/h . Na segunda
medição, o consumo foi de 13,2 km/l, e atribuo isso a presença da bolha que fez
com que eu mantivesse velocidades mais altas do que o normal, graças a bolha.
Como não sentia dor nos braços e pescoço, mantive velocidade acima do usual. Ou
seja, a bolha pode fazer com que aumente o consumo de combustível pois permite
rodar em alta velocidade por mais tempo.
ESTÉTICA: na
minha opinião, a estética ficou melhor (ver fotos). Sentia falta de algo na frente da minha
moto. Agora, a sensação é que ela ficou mais robusta e mais harmônica. Mas,
isso pode ser subjetivo. Optei pela marca PUIG pois ter detalhes que a GIVI, a
RMA e uma nacional não têm, e reparei que as motos da MotoGP se utilizam desta
marca (PUIG). Resolvi investir e não optei pelo de menor custo. Mas, acredito
que bolha nacional (160 reais) pode ter os mesmos efeitos sobre a moto.
Estética melhorada com a bolha
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